“A raíz da inovação está na teoria e nos métodos, não na prática. Absorver as melhores práticas, como tem estado em moda, não gera aprendizagem real. A organização que aprende não é uma máquina de clonagem das melhores práticas de outros. Nas organizações que aprendem as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar resultados que elas realmente desejam, onde maneiras novas e expansivas de pensar são encorajadas, onde a aspiração coletiva é livre, e onde as pessoas estão constantemente aprendendo a aprender coletivamente". (Peter M. Senge)


" Há três caminhos para o Fracasso: Não ensinar o que se sabe; Não praticar o que se ensina; Não Perguntar o que se ignora. (São Beda - Citado por Mario Sergio Cortella)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Desafio! Aprendizagem! Trabalho em Equipe! Desenvolvimento Pessoal! Inovação! Superação!

Por orientação da Professora Roberta Rossi, este blog teve inicio no dia 11 de outubro de 2010 com o objetivo de analisar e discutir os assuntos tratados em aula sobre Aprendizagem Organizacional. No decorrer do trabalho abordamos o conceito de aprendizagem organizacional, as 5 disciplinas de Senge, o conceito de gestão, liderança e ética, comentamos sobre a empresa Marcopolo, trabalhamos com o conceito de Learning Organization e percepção. Para disso, tivemos como base as obras de Peter Senge (A Quinta Disciplina) e Mario Serio Cortella (Qual é a sua obra?), além de matérias e vídeos retirados da internet. Os autores foram escolhidos por serem grandes contribuintes e estarem diretamente ligados à Aprendizagem Organizacional. Apesar de tratarem de temas diferentes e serem, até mesmo, de países diferentes, podemos dizer que os autores “se completam” em suas teorias e pensamentos, o que faz com que o trabalho fique mais completo, com menos lacunas a serem preenchidas pelos visitantes do blog.
Hoje, dia 18 de novembro de 2010, damos por encerrado a inclusão de novos temas em nosso blog, procurando termos alcançado os objetivos esperados.

 Agradecemos a todos que nos visitaram e irão visitar!

Caroline Letícia Casimiro
Maria Rebeca Generoso
Rodrigo Criscuolo Munhoz

Estudantes do curso de Administração da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

Contribuição de Mario Sergio Cortella e Peter Senge para a sociedade

“É necessário que o cidadão, se detectar em determinado tipo de mídia um encaminhamento negativo de valores, uma deformação dos conteúdos éticos, um consumismo e materialismo devastadores, boicote não só o veículo como os produtos que o financiam". (Mario Sergio Cortella)

“As pessoas não resistem à mudança, resistem a mudar “por dentro”. Enquanto virmos o problema em termos de eventos, estamos convencidos que as causas dos problemas são externas. Quando começarmos a ver os problemas como tendo causas estruturais, começam a ser “o que eu poderei ter feito”, em vez de “o que é que eles não fizeram” . (Peter Senge)

A contribuição de Cortella e Senge é muito valiosa para a sociedade, pois liderança, gestão e ética são assuntos de extrema importância, todos comentam, porém é raro quem aplica no seu dia a dia. Eles trabalham para fazer com que as pessoas coloquem toda a teoria na pratica, é um processo trabalhoso e o resultado é de longo prazo.
Comentado por Rodrigo C. Munhoz dia 18/11/10 ás 20:50hs

Abaixo segue uma entrevista do Cortella muito interesse, comentando sobre ética. Ele fala ainda da questão escola pública versus particular e como a educação está vinculada à ética, mídia, religião e tecnologia. Leia, a seguir, a entrevista com o filósofo.

A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. A frase é de um dos maiores pensadores da pedagogia do Brasil e do mundo, Paulo Freire, falecido em 1997. Com sua saga para levar o ensino e a consciência crítica aos mais necessitados, ele serve de inspiração para uma geração de professores. Um de seus discípulos é o filósofo, autor de livros como a “A Escola e o Conhecimento” e “Não nascemos prontos”, mestre e doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde é professor titular do Programa de Pós-Graduação em Educação (Currículo), Mario Sergio Cortella, de quem Freire foi orientador no mestrado.
Assim como Freire, Cortella enxerga na educação muitas saídas para problemas da sociedade. Porém, critica o fato de inúmeras famílias transferirem sua responsabilidade para as instituições escolares.

Conhecimento Prático Filosofia – Há muito tempo, a escola deixou de lado sua função primeira de educar para assumir também o papel social. Dentro do contexto filosófico, qual o peso de cada instituição nessa formação?
Mario Sergio Cortella - Outro dia, um pai de aluno me perguntou: “qual o senhor acha que deve ser o papel da família para colaborar com a educação dos nossos filhos na escola?”. Eu disse a ele, com todo o respeito, que havia um equívoco na formulação da questão, porque não cabe à família colaborar com a escola na educação, mas exatamente o contrário, é a escola que colabora, a família é responsável. A escola assumiu muitas tarefas nos últimos 20 anos, especialmente a escola pública, porque ela é parte da rede de proteção social e, por isso, desempenha tarefas do Estado, entre elas a proteção à vida, segurança e liberdade dos indivíduos. Por isso, cabe sim à escola oferecer educação para o trânsito, ecológica, sexual e até alimentar. Mas não cabe ao Estado, via escola pública, substituir a responsabilidade que a família tem, a menos que ela esteja em situação de descuido total. Cabe à instituição promover a autonomia, a solidariedade e a formação crítica, mas a responsabilidade principal continua sendo da família e ela não pode se eximir disso.

CP Filosofia - Você defende que a escola pública traz mais benefícios aos indivíduos, já que, nas instituições particulares, há uma grande inclinação ao capitalismo e à concorrência. Mas todos nós sabemos que, na escola pública, as crianças ficam abandonadas à própria sorte...
MSC - Depende da escola. Uma parcela das escolas privadas tem um nível mercantil, no sentido puro e simples, outras, não. O foco não deve ser escola pública versus escola particular, mas sim escola boa versus escola ruim. Nós temos escolas públicas de nível bastante elevado e outras, precário. A mesma coisa vale para a escola privada. Porém, existe uma lista imensa das particulares que são facilmente ultrapassadas pelas públicas de nível mediano. Então, não podemos cair nessa armadilha. Vale lembrar que a escola privada no Brasil só representa 13% do total. Quando estamos falando em educação escolar no Brasil estamos nos referindo aos 87% da rede pública. Por isso, é necessário que os governantes tenham um compromisso real com a educação, com a realização de avaliações e exames periódicos, de maneira que o País possa dar os passos para a saída da indigência. Apesar de, muitas vezes, o compromisso que vários dizem ter com a educação ser meramente conveniente e eleitoral, nos últimos 15 anos, seja na gestão do Fernando Henrique Cardoso ou do Lula, demos início a esse processo. Fazer isso com eficiência, entretanto, exige parcerias com o mundo da sociedade privada, compromisso dos empresários, além da atenção de pais e mães como cidadãos. O que agrava a situação é a omissão de qualquer tipo.

CP Filosofia - Por mais que a família e a escola sejam atuantes na formação do indivíduo, não podemos renegar a relevância da mídia como fator de influência na vida das pessoas. E muitas vezes, por sinal, ela orienta de forma errada. Em sua opinião, qual a solução para esse dilema?
MSC - A mídia de natureza privada é majoritária no Brasil, mas, se nos referirmos aos meios de comunicação, ela é uma concessão do Estado. Por isso, cabe a ele, dentro dos níveis da democracia, fazer não a censura, mas exigir que sejam cumpridos os elementos indicados nessa concessão pública. Por outro lado, os meios de comunicação se sustentam à base de publicidade. Isso significa que há um papel forte dos proprietários da mídia para que ela caminhe em direção da ética e da decência e auxilie na elevação das condições de vida e de consciência de uma nação. Contudo, é necessário que o cidadão, se detectar em determinado tipo de mídia um encaminhamento negativo de valores, uma deformação dos conteúdos éticos, um consumismo e materialismo devastadores, boicote não só o veículo como os produtos que o financiam. Eu, por exemplo, não compro qualquer marca de cerveja que utilize sexismos em suas mensagens. Além de não comprar, divulgo a minha posição. Mas não basta que eu me recuse isoladamente, é preciso que eu junte mais gente nessa mesma lógica. Esta também é uma maneira de educar a mídia para que ela caminhe em uma direção de decência.

CP Filosofia - Além da falta de ética verificada na mídia, tal característica pode ser encontrada em muitos outros setores, principalmente na política, como temos visto nos últimos anos, ou até mesmo em pequenos gestos familiares, com pais que ensinam determinado conceito, mas não dão o exemplo. Como ensinar o que é ética no mundo-cão que vivemos hoje?
MSC - A primeira coisa é recusar o mundocão. Recusar não significa não estar nele, mas recusar os valores que ele coloca. A família é essencial nessa postura e, de forma sequencial, a escola, a mídia e a igreja. Essas quatro instituições sociais têm uma presença enorme na vida das pessoas e também a tarefa de formação de valores que não se subordinem à ética da patifaria e da malandragem. Por outro lado, ética não é uma questão de princípios falados, e sim de natureza exemplar. É necessário lembrar que não é o outro que deve dizer o que eu devo fazer e sim as minhas convicções. O fato de todos fazerem algo errado, não me obriga a fazê-lo, mas me coloca a escolha de fazê-lo. Não se deve confundir ética com cosmética. Ética não pode ser uma coisa de fachada, seja na família, mídia ou escola. Nós temos partes podres na nossa vida social, mas elas ainda são minoritárias, mesmo tendo um grande impacto. Há milhares e milhares de homens e mulheres que são decentes e não podem ser reféns daqueles que não o são.

CP Filosofia – Está clara a proximidade entre a frágil educação e a criação de pessoas alienadas e submissas. Você acredita que este quadro vai mudar um dia? Qual a solução para uma sociedade nas quais os alunos espancam professores? Em sua opinião, quais os fatores que desencadearam tal situação de desrespeito e insubordinação?
MSC – Não existe uma única causa e nem um único sujeito. Eles são múltiplos. Há a responsabilidade da família quando ela implanta a aceitação da violência nas relações, principalmente quando as crianças e jovens vêem que a maneira de resolver conflitos dentro de casa é por meio da violência. Maus exemplos no dia a dia vão formando personalidades que supõem que a saída para a violência seja mais violência. Eu enxergo um cenário que precisará ser positivo. São necessárias ações cotidianas para que essas pontes para o futuro sejam criadas. A escola, por exemplo, não cria violência sozinha, apenas reproduz a violência dentro dela. Mas também pode ser um meio de diminuí-la se atuar com conteúdos que ofereçam sentidos à vida dos alunos. Só há uma solução para o problema: o enfrentamento da situação por intermédio de um mutirão de responsabilidade, que deve envolver a família, a escola, a igreja e a justiça. Muitos se omitiram, são complacentes e deixaram os professores reféns nas escolas sem se preocupar, sem participar das reuniões, sem olhar o que seus filhos estão fazendo e o resultado é esse. Algumas coisas na vida é melhor começar cedo antes que seja tarde.

CP Filosofia - Ainda em relação à educação, muitas vezes as crianças não sabem mensurar questões sobre minorias como pobres, negros, índios, entre outros, e acabam sendo agressivas. Como o ensino da filosofia, dentro da questão ética, pode ajudá-las em uma mudança de comportamento?
MSC - Se o ensino da filosofia trabalhar com a noção/idéia de pluralidade cultural, diversidade de vida e multiplicidade étnica, fará com que haja a compreensão do respeito à diversidade. Do outro lado, é preciso lembrar que essas minorias nas quais nos referimos são de poder e não numéricas. Pobres, negros, mulheres, homossexuais, entre outros, precisam ser tratados, no campo da ética e do ensino da filosofia, dentro do conceito que eu chamo de antropodiversidade. Lidamos muito com o conceito de biodiversidade, mas também é preciso introduzir a ideia de diversidade humana. Nessa direção, o ensino da filosofia não tem a exclusiva tarefa de fazer essa conversão, mas tem a força de oferecer fundamentos para que se pense, no campo da história humana e da reflexão filosófica, o lugar da diversidade.

CP Filosofia - A má educação das crianças muitas vezes leva ao quadro que todos nós estamos acostumados a ver, com a população carcerária crescendo a cada dia. Como você vê esse assunto?
MSC –João Guimarães Rosa já dizia que o sapo não pula por boniteza e sim por precisão. Não é que um dia talvez a gente consiga fazer isso, a gente tem que fazer. Atualmente, o Ministério Público e os Conselhos Municipais e Estaduais da Criança e do Adolescente, em parceria com o Estado, trabalham com ações nessa direção. O fato de haver uma população carcerária extensa não é um sinal de fim dos problemas. Haja vista que o país que tem a maior população carcerária do mundo são os Estados Unidos e ainda sim é uma sociedade na qual a temática da violência, do menor infrator e do consumo de droga não foi eliminada. Não é apenas o enclausuramento de parte da população que resolve isso, mas sim uma melhor distribuição de renda, boas políticas habitacionais, a capacidade de oferecer uma boa educação escolar, ofertas mais dignas de trabalho, é isso que conseguirá dar conta dessa questão. O adolescente infrator não nasceu assim e não é infrator por um gosto. A infração tem explicações. O que não se tem é uma justificativa. Eu não vou justificar o latrocínio cometido por um menino de 16 anos dizendo que ele veio de uma família pobre. Isso não justifica, mas ajuda a explicar. A pobreza não torna justa a violência, mas torna clara partes das razões para isso. É importante frisar que a infração não é exclusiva do mundo da pobreza. Há um índice elevado de pessoas com condições econômicas favoráveis que também praticam a infração e a agressividade. O adolescente infrator será sempre resultado de uma sociedade que descuida das suas crianças e jovens. É preciso terminar esse ciclo de vitimação: a sociedade abandona, cria uma vítima que é a criança, e essa mesma criança cria outras vítimas quando começa a furtar, roubar, violentar, assassinar. É preciso, mais uma vez, recusar, se juntar, enfrentar e quebrar o vício de supor que isso é normal.

Peter Senge falando sobre a sociedade
A sociedade atual tem características nitidamente diferentes da Sociedade Industrial. É uma sociedade altamente tecnológica onde o tempo e o espaço sofreram profundas alterações, onde a quantidade de informação sobre os mais diversos assuntos é imensa e a aprendizagem, ao longo da vida, é uma verdadeira necessidade de todos os indivíduos.
Vivemos tempos de reestruturação e reconversão do sistema escolar, onde as escolas também se vêem obrigadas a aprender, respondendo aos desafios de um mundo em mudança. Pode dizer-se, no entanto, que talvez o mais importante efeito desta nova sociedade, sobre a educação, seja o que resulta da revolução na gestão, no seu sentido mais geral (não estritamente empresarial), protagonizada por Peter Senge. 
Retirado do site:
http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/mcc/rec/03/05/01/petersenge.pdf        dia 18/11/10 ás 21:05hs

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Zoom


No vídeo "Zoom", postado acima, podemos observar as diferentes percepções dos seres humanos diante de uma determinada imagem/ situação.

Retirado do site http://www.youtube.com/watch?v=5NhgntFHLfU dia 04/11/2010 ás 20:36hs


Conceito de Percepção

Em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consistem na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

Retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3o dia 04/11/2010 ás 20:38hs

Após assistirmos o vídeo, discutimos e comparamos a interpretação de cada um do grupo em relação ao zoom. E, ficou claro que o ZOOM retrata a percepção do ser humano, diante de tudo que vê. Cada individuo interpreta uma mesma situação/imagem de acordo com os pré-conceitos, princípios éticos, e morais relacionados á sua cultura. Este conjunto é chamado de "modelos mentais", que são os formadores de opinião.
Nós seres humanos costumamos julgar pessoas ou situações pelo que vemos, de acordo com nossos pré-conceitos e premissas. E, muitas vezes fazemos uma má interpretação distorcendo a realidade. Só podemos mudar nossos modelos mentais, através do compartilhamento. Onde, são expostas diferentes percepções e, ao dividir, todos ganham conhecimento. E, aos poucos vamos nos livrando da "cegueira" chamada ignorância. Peter Senge e Mario Sérgio Cortella, tem "modelos mentais" baseados em princípios e valores semelhantes. Ambos acreditam que o conhecimento é essencial para o crescimento do ser humano, tanto profissional como pessoal. E o processo de aprendizagem, é continuo dinâmico, e precisa ser compartilhado sempre. Pois, á prática é a melhor maneira de alcançar a perfeição. 

Comentado por Caroline Casimiro, Maria Rebeca e Rodrigo Criscuolo em 18/11/2010 às 14:00hs.