“A raíz da inovação está na teoria e nos métodos, não na prática. Absorver as melhores práticas, como tem estado em moda, não gera aprendizagem real. A organização que aprende não é uma máquina de clonagem das melhores práticas de outros. Nas organizações que aprendem as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar resultados que elas realmente desejam, onde maneiras novas e expansivas de pensar são encorajadas, onde a aspiração coletiva é livre, e onde as pessoas estão constantemente aprendendo a aprender coletivamente". (Peter M. Senge)


" Há três caminhos para o Fracasso: Não ensinar o que se sabe; Não praticar o que se ensina; Não Perguntar o que se ignora. (São Beda - Citado por Mario Sergio Cortella)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Learning Organizations


Tendo como base os assuntos tratados no blog, incluimos um trecho do filme "Escola de Rock". Neste trecho podemos observar a presença das 5 diciplinas de Senge sendo tratadas de forma descontraida e divertida pelo personagem principal do filme.


Retirado do site: http://www.youtube.com/ em 28/10/2010 ás 20:43hs.


Learning Organizations

Learning organizations é segmentado pelos princípios das 5 disciplinas (Domínio Pessoal, Modelos mentais, Visão compartilhada, Aprendizagem em equipe, Pensamento Sistêmico), idealizado por Peter Senge.

Avaliação do modelo de gestão Marcopolo considerando o modelo learning organizations

Algumas práticas adotadas pela Marcopolo orientadas pelo modelo de Gestão de Competências, que se aproximam do modelo Learning Organizations idealizado por Senge.
*Domínio Pessoal: A Marcopolo possui diversos tipos de programas voltados para a capacitação de profissionais, como: (Programa de Estagiários, Programa de Incentivo á Educação, Centro Marcopolo de Educação Corporativa - CEMEC) entre outros. São oferecidas oportunidades de crescimento pessoal, Programas de qualidade de vida visando o bem estar dos funcionários e seus familiares, levando a empresa uma condição favorável ao modelo Learning Organizations.
*Modelos Mentais: A empresa valoriza e proporciona a troca de experiências com diversas culturas, para que as pessoas tenham visão e uma percepção mais ampla. Com isso a empresa trabalha seus modelos mentais, propiciando uma mudança de comportamento naquilo é feito.
*Visão Compartilhada: Diferentes áreas da empresa possuem objetivos definidos e interligados, impactando nos resultados, relatórios mensais são divulgados redirecionando metas e objetivos a fim de otimizarem seus resultados. Tudo isso ligado a missão, valores e princípios, estabelecendo claramente seus objetivos, gerando comprometimento de todos os funcionários.
*Aprendizagem em Equipe: O modo que a Marcopolo desenvolve a Aprendizagem em Equipe é através de Programas de Desenvolvimento de Supervisores (PDS) e o Centro Marcopolo de Educação Corporativa (CEMEC), desenvolvendo trabalho de liderança e de grupos criativos. A formação de grupos de trabalho com o mesmo objetivo para desenvolver projetos ou novas unidades fabris, colabora para o aprendizado em equipe.
*Pensamento Sistêmico: O desenvolvimento do Pensamento Sistêmico é realizado através do uma grade curricular dentro dos programas (PDS) e (CEMEC), promovendo diversos cursos.  Através do compartilhamento de responsabilidade, formação de grupos de trabalho é desenvolvida a visão de que todos interferem no sistema, passando a responsabilidade a todos.

Com base no estudo de caso do Mestrado profissional de Engenharia. (Hana Cristina Witt) Comentado por Rodrigo C. Munhoz dia 04/11/2010 ás 20h15
Avaliação do modelo de gestão "Learning Organizations".

Segundo Peter Senge a proposta de Learning Organization é o resultado da convergência de cinco disciplinas:
1.Raciocínio sistêmico: integração dinâmica entre o todo e as suas partes;
2.Domínio pessoal: objetivos, energia e paciência;
3.Conscientização dos modelos mentais enraizados: examina-los de forma meticulosa;
4.Definição de um objetivo comum: um sentido de missão;
5.Disciplina do aprendizado em grupo: a unidade fundamental é o grupo e não o individuo.
Para as organizações serem capazes de aprender estas cinco disciplinas haveriam de funcionar em conjunto, sendo o raciocínio sistémico responsável pela integração de todas as demais. A ideia é sanar as deficiências de aprendizagem, começando pela sua identificação e pela posterior aplicação de algumas técnicas que exercitem um raciocínio sistêmico, o qual permitirá o desenvolvimento das outras disciplinas.
Segundo Peter Senge Também são cinco as principais deficiência do processo de aprendizagem nas organizações:
1.Eu sou meu cargo: limitação a função e falta de objetivos
2.O inimigo estar lá fora: a culpa e sempre dos outros
3.A fixação em eventos: ênfase no curto prazo
4.A não conscientização das mudanças: falta de atenção às sutilizas e aos indicadores de longo prazo
5.O mito da equipe administrativa: vai bem nas rotinas mas não nas situações difíceis
O Learning Organization tem como premissa o aprendizado pela experiência e depende muito da cultura organizacional do estilo de liderança e da Administração Participativa.
A busca da aprendizagem contínua, segundo a proposta de Senge, que coloca o enfoque sistémico como sua base, fica vazia de significado caso a estrutura da empresa não reflita também uma visão sistémica do negócio.

Retirado do site: Wekipédia “http://pt.wikipedia.org/wiki/Learning_organization” 28/10/10 às 19:55hs.

Porque a Marcopolo quer ser uma organização que aprende?

O principal objetivo da Marcopolo é estar preparada para competir no mundo globalizado. Para ela é fundamental estar sempre aprendendo e evoluindo para, assim, adquirir maior habilidade e competência em fatores como: inovação, velocidade de resposta ao cliente, flexibilidade e capacidade de aprender.
O remanejamento de executivos e profissionais é uma necessidade da empresa devido às mudanças na atuação global sem perder vantagens de empresa local. Competição mais acirrada, voltada para o foco no cliente, clientes mais exigentes, em que a problemática “preço X qualidade”, será cada vez mais evidente no fator de decisão de compra e rede de parcerias por alianças estratégicas e operacionais, são essenciais no negócio da Marcopolo.
A Marcopolo criou um Centro de Educação Corporativa, com objetivo de focar as competências primordiais que norteiam os negócios Marcopolo, utilizando o modelo de gestão LEARNING ORGANIZATIONS, composto pelas cinco disciplinas de Peter Senge.
Learning Organization (Aprendizagem Organizacional), são organizações que têm capacidade de aprender, renovar e inovar continuamente.

Análise critica com base no estudo de caso por Hana Cristina Witt.

Marcopolo, uma Gigante Brasileira - Exemplo de Organização que Aprende


Nesta fase do trabalho vamos comentar sobre Learning Organization tendo como base a empresa Marcopolo. A cima estamos postando um vídeo, que fala da estrutura da empresa e nos ajuda a entender os futuros comentários.


Video retirado do site: "http://www.youtube.com.br/" ás 09:48 de 28/10/2010




Grupo Marcopolo

Fundada em 1949, a Marcopolo investe em tecnologia, aprimoramento e superação. A empresa promove a contínua elevação da qualidade de vida de seus colaboradores e das comunidades onde atua, por meio de diversas iniciativas em educação, cidadania e gestão ambiental. Uma das maiores fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo, passou, recentemente, a atuar também nos segmentos de LCV, peças e componentes e de produtos plásticos.

Empresas Marcopolo Marcas:

Marcopolo, Ciferal, Volare, MVC, MoneoFábricas Brasil, Colômbia, Argentina, México, Índia, Egito e África do Sul, Empresas comerciais, MIC, Ilmot.

Visão da Corporação

Ser reconhecida mundialmente como a empresa brasileira mais competitiva nos segmentos de negócios em que estiver atuando e de sólida imagem econômica e social.

Alguns Valores da Corporação

O relacionamento das pessoas na Marcopolo é de respeito, valorização e transparência. Qualquer pessoa, seja da empresa ou de fora dela, deve ser tratada com dignidade e justiça. O respeito e a valorização do ser humano representam a base de sustentação de todos os Valores da Marcopolo.  



Excelência nos Resultados
A busca da Excelência nos Resultados, em tudo que fazemos, é a garantia do crescimento sustentável da Marcopolo.

Ética

A Marcopolo adota uma atitude de responsabilidade e respeito para com as pessoas e instituições com as quais se relaciona, agindo de acordo com as leis e regulamentos vigentes para o negócio em que atua. É de grande importância para a empresa que conflitos de interesses que possam envolver administradores e colaboradores, entre outros, sejam evitados. Na ocorrência de situações de conflito, essas devem ser resolvidas de forma transparente, com julgamento de valores por parte do Comitê de Recursos Humanos e Ética.
A empresa foi uma das pioneiras no Brasil, em seu segmento de atuação, na criação de um código de conduta, divulgado interna e externamente para todos os públicos de interesse da empresa.

     Referências bibliográficas:

     Site da Marcopolo: http://www.marcopolo.com.br  editado  no dia 28/10/2010 às 09:50hs.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Ética precisa ser um componente do negócio", defende Mario Sergio Cortella

Tendo em vista a contribuição de Mario Sergio Cortella para a aprendizagem organizacional, o grupo optou por publicar neste blog esta entrevista que fala sobre ética. Ela foi cedida à Felipe Dreher e foi publicada no site http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=67374


 Na visão do filósofo, as empresas brasileiras, em geral, não são totalmente éticas, mas seguem amadurecendo o conceito


Quanto tempo se leva para construir uma imagem corporativa? A difícil resposta a esta pergunta pode variar em prazos que vão de anos a décadas, dependendo dos casos. Se o caminho é longo para erguer pilares de respeitabilidade às empresas, destruir todo o trabalho pode vir em um piscar de olhos. "Pela interconectividade digital, a informação se espalha a um ponto onde você passa de afamado a difamado em instantes", defende Mário Sérgio Cortella, keynote speaker do IT Forum 2010, que começou quarta-feira (21/04), na Praia do Forte (Bahia). O filósofo conversou sobre sustentabilidade econômica, técnica, de mercado e ética com exclusividade ao IT Web. Confira!


IT Web - As empresas brasileiras, de uma forma geral, são éticas?

Mário Sérgio Cortella - Se você entender a ética como sendo a proteção da integridade coletiva, da comunidade, dos colaboradores, do mercado, da relação com a área pública; se a entendermos como o conjunto de princípios e valores que dão sustentação a essa questão, temos uma série de abalos dentro do nosso País. Isto é: não podemos dizer que as empresas, em geral, sejam éticas. Aliás, não podemos dizer nem que as pessoas o são.
Isso significa que a ética não é um estado contínuo, mas uma construção cotidiana. Você ou eu, no dia a dia, precisamos fazer um esforço grande para não deslizarmos para os campos do antiético. Não é fácil, por exemplo, obedecer limites de velocidade em uma estrada quando não há radar. Não é fácil, também, não se seduzir pela aquisição de um produto pirata, dado que o custo é muito menor. Há uma série de tentações no cotidiano que exigem uma consolidação de um esforço contínuo.
Desse ponto de vista, todas as vezes que se pode perguntar se as empresas são éticas, a resposta é não. No seu conjunto não são. Em sua maioria, no Brasil, elas ainda não têm uma estrutura que pode ser considerada de uma ética aceitável, mas estamos no caminho. E esse estar no caminho tem uma relação muito direta com o fato de que uma parcela significativa dos consumidores demanda posturas mais éticas. Por outro lado, há toda uma série de regulamentações para que as companhias tenham um comportamento aceitável a medida que sua postura pode arrastar um prejuízo financeiro muito grande. Não é sempre por convicção.


IT Web - Imagino que essa questão das empresas não serem éticas não se configura em uma exclusividade nacional.

Cortella - Pelo contrário. Se você imaginar os derivativos que geraram, com o subprime, a grande crise de 2008, verá que ela teve origem na indecência, no lucro tóxico, na podridão de negócios em vários níveis. O Brasil foi menos afetado que outras economias, além de ter bases econômicas sólidas, mas porque temos uma legislação mais corretiva. Por incrível que pareça, as leis brasileiras protegia mais a ruptura ética, evitando constrangimentos a alguns ilícitos que pudessem ser praticados.
Observando economias de porte no mundo todo, como a chinesa, por exemplo, veremos que a temática ambiental é quase ausente. Isso ocorre mesmo países desenvolvidos. O Japão é outro exemplo. Não é casual que grandes montadoras tenham deixado quebrar a qualidade que anunciavam e agora anunciam recall. Fazem isso porque sofrem processos jurídicos que talvez, se não houvesse litigância, teriam se calado.


IT Web - Nesse mundo corrompível, quais as principais vantagens de seguir uma postura ética?


 Cortella - Quem adota uma ética positiva, que é aquela da decência, da honestidade e da transparência, consegue ganhar respeitabilidade em um mercado onde a alta competitividade leva a uma maior possibilidade de ser escolhido e, ao mesmo tempo, não degrada os fundamentos da comunidade onde se instala.
A grande vantagem de não ser ético, em um primeiro momento, é o lucro rápido. A desvantagem é que é um lucro que não tem perenidade e nem sustentação. Como diz a clássica frase: "Um homem que se vende sempre vale menos do que pagaram por ele".


IT Web - Só que a construção dessa respeitabilidade leva muito tempo.

Cortella - Sim. Só que ela se perde em segundos. A Toyota, em uma semana, perdeu US$ 33 bilhões de seu valor de mercado porque anunciou o recall de 8 milhões de veículos. E trata-se de uma empresa respeitável. Além disso, estamos em uma era digital em que esse demorar não é tão longo. Por exemplo, o Google tem dez anos, a Gol [Linhas Aéreas] tem mais ou menos essa mesma idade. A questão não é quanto tempo se demora para construir a imagem, mas em quanto tempo você a destrói. Pela interconectividade digital, a informação se espalha a um ponto onde você passa de afamado a difamado em instantes.


IT Web - Como se dá, na sua opinião, a relação entre a ética e os negócios?

Cortella - A ética precisa ser um componente do negócio. A suposição de que o negócio não precisa ser ético é uma má interpretação. Essa ideia de que o conceito não se aplica ao mundo das empresas, sustentando a regra do "fazemos qualquer negócio" é uma tolice. Aliás, a palavra "lucro", em sua origem no latim, significa "logro". Até o Renascimento, significava "enganar alguém".


IT Web - Um termo pejorativo...

Cortella - Ela ganhará uma conotação positiva só quando se entendeu a necessidade de organização de regras de mercado, que foi feita no fim do mundo medieval pelas corporações de ofício. Aí a noção de lucro passou a ser vista como uma remuneração justa sobre um serviço prestado ou mercadoria vendida. Mas, não há necessidade de vincular, hoje, lucro a logro. Daí, a ética passa a compor a sustentação de um negócio.


IT Web - Tem como definir o quanto uma postura ética agrega de valor para uma organização?

Cortella - Hoje existem algumas formas de econometria que tentam trabalhar essa questão. Não há uma fórmula única para calcular esse ponto, mas há uma contra-fórmula, que é: não fazer determinada coisa pode levar a empresa à falência. Quem mais se aproximou desse tipo de organização econométrica, no Brasil, foi a Natura quando passou a estruturar o retorno positivo de ter uma cadeia produtiva, que vai da floresta até o consumidor, onde houvesse preocupação com questões éticas. A outra que organizou algumas medidas foi a DuPont. Mas não há, ainda, uma fórmula que diga que, se você investir 10 em questões éticas terá um retorno de 50.


IT Web - Portanto, não tem como medir os ganhos efetivos?

Cortella - Ainda não, pois não depende apenas dessa variável. Há várias questões ligadas ao mercado. A fórmula inversa existe. Isto é, não invista na preservação ética e, em breve, sua empresa sairá do circuito.


IT Web - Vejo a palavra sustentabilidade muito vinculada à perpetuação do negócio da empresa. Isso está correto?

Cortella - Claro. Uma empresa não é uma secretaria de bem estar social. Não é governo. Para ela, a sustentabilidade do negócio é o que interessa. Não é inadequado falar isso. É claro, também, que existem empresas oportunistas, que pegam carona nessa onda. Essas precisam rever a postura porque, no mundo de interconectividade, as máscaras caem com certa facilidade. Mas há um grupo grande de companhias com percepções honestas e sinceras sobre o que elas entendem como sustentabilidade. Mas, se ficar só como discurso de marketing, fica muito evanescente.


IT Web - Dá para trabalhar a ética departamentalmente?


 Cortella - Sim, mas é preciso, primeiro trabalhar a questão no conjunto da organização, que é quem vai estruturar os valores adotados, o que é possível e o que não, o que é aceito e o que não. Depois você tem as regras específicas para os departamentos. Por exemplo, uma área financeira que trabalha com informações privilegiadas usa um tipo de e-mail diferente da equipe de recursos humanos. Aquele que trabalha marketing terá uma aplicabilidade ética diferente do que atua com comercialização. Os princípios e valores precisam ser os mesmos, mas a natureza de cada departamento tem que contemplar especificidades. Isso não significa éticas específicas, mas princípios gerais que, na aplicabilidade, serão diferentes.


IT Web - Quais as dicas para que os CIOs trabalhem a questão ética?


Cortella - A grande questão é: se tua empresa deixasse de existir, o que mudaria na vida da comunidade? Porque, se há muitas coisas que melhorariam se ela não mais existisse é sinal de que preciso de uma revisão ética profunda e urgente. A segunda pergunta é: minha empresa existindo, que bem ela faz? Quais as condições de melhoria da vida coletiva ela beneficia. A terceira é: quais são os nossos valores que estão sendo encarnados? São apenas formais registrados em um documento difundido há alguns anos sem ser revisitados? Quarto: o que é inaceitável dentro da organização? Aquilo que não queremos, de maneira alguma, que seja feito com o acionista, com o consumidor, com o mercado, com os colaboradores, com o governo? A ultima é: o que queremos na nossa relação?
Ética é relação e a forma como administramos a liberdade. Ela não existiria se só houvesse um indivíduo. Só existe ética porque empresas têm um "s" no final. Não há problema democrático numa ditadura. Você só tem a democracia quando lida com a multiplicidade de opiniões. Então, nessa direção, a ética é aquela que faz o concerto das convivências. É como queremos nos relacionar e o que não aceitamos nos relacionamentos.


por Felipe Dreher


Retirado do site: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=67374  em 21/10/2010 às 20:35hs.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mario Sergio Cortella - Programa do Jô


Mário Sérgio Cortella, conversa com Jô Soares, sobre ética, moral e amoral.

Fonte: Video retirado do site http://www.youtube.com/ em 14/10/2010 às 20:44hs.


Comentando sobre Ética, Moral e Amoral x Modelos mentais:

A palavra ética vem do grego ethos, que é século VI a.C. significa "morada do humano". Ethos também significa "marca" ou " caracter".
De acordo com Cortella, ética é o conjunto de valores e príncipios, adquiridos em nossa trajetória de vida. Através dos costumes e crenças, da nossa familia, amigos, pessoas próximas, de acordo com a época em que vivemos. Que usamos para responder as três grandes perguntas: QUERO? DEVO? POSSO?

No livro ´Qual é a Tua Obra" Cortella afirma que "é impossivel pensar em ética se a gente não pensar em convivência. Afinal, o que é a ética? A ética é o que marca a fronteira da nossa convivência. Seja com as outras pessoas, seja com o mercado, seja com os indivíduos. Ética é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos.
Nós, humanos, vivemos em condomínio. Nós temos autonomia, porém não temos soberania. Não agimos por instinto. Agimos por reflexão, por decisão, por juízo. A ética é o conjunto de príncipios e valores da nossa conduta na vida junta. Portanto, ética é o que faz a fronteira entre o que a natureza manda e o que nós decidimos. A ética é aquilo que orienta a sua capacidade de decidir, julgar, e avaliar.


O que é moral?  A prática da resposta.
Nós vivemos muitas vezes dilemas éticos. Há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas que eu  devo, mas não posso. Há coisas que eu posso, mas não quero. Quando você tem paz de espirito? Quando tem um pouco de felicidade? Quando aquilo que você quer é o que você deve e o que você pode."  ( Sitação biblica: De nada adianta a um homem ganhar o mundo se ele perder sua alma - Mt. 16,26).

O que é amoral? Amoral é todo aquele que não decide, não exerce seu direito de escolha, por falta de lucidez ou insanidade mental.



Fonte: Livro "Qual é a tua Obra" autor: Sérgio Mario Cortella
Editado em 18/11/2010 às 14:00hs.Caroline Casimiro




Alinhando com Peter Senge: Valores e principios também, formam os modelos mentais. A percepção das pessoas, só se modificam, se elas compartilharem outros modelos mentais. Modelos mentais é como a ética. Impulsiona a pessoa decidir o que QUER, DEVE E PODE.

Mario Sergio Cortella - Entrevista ao Fórum HSM Gestão e Liderança (2° Parte)


Mario Sergio Cortella comentando sobre Gestão do Conhecimento, em entrevista para o Fórum HSM sobre Gestão e Liderança. (Segunda Parte)

Fonte: Video retirado do site http://www.youtube.com/ dia 14/10/2010 às 20:40hs.

Comentando sobre Gestão e Liderança:


Maria Rebeca Generoso comenta...

           Administrando Conhecimento

           Há aproximadamente 20 anos atrás as pessoas tinham medo de compartilhar conhecimento e de questionar aquilo que elas não sabiam, com medo de perder espaço no mercado de trabalho ou de serem inferiorizadas por não saberem tudo. Acabavam tendo como pensamento principal: “a minha competência acaba quando começa a do outro”, citado por Mario Sérgio Cortella.
No mundo globalizado em que vivemos, com mudanças a todo momento esse pensamento acaba sendo equivocado, obsoleto. A competência coletiva toma conta da sociedade, é preciso compartilhar competências e percepções para estar sempre evoluindo, Mario Sérgio Cortella cita algumas frases que mostram a mudança de pensamento que atinge a sociedade: “ a minha competência acaba quando acaba a do outro”, “quem sabe reparte, quem não sabe procura”, “O principal ativo de uma organização é o estoque de conhecimento que ela possui”.
Como dizia Guimarães Rosa, é junto dos bão que se fica mio!

Referências bibliográficas:

   "As cinco competências do líder” (Alexandra Delfino de Sousa) retirado do site: http://br.hsmglobal.com/artigos/cinco-competencias-do-lider no dia 27/10/2010 às 18:00hs
   "Entrevista com Mário Sérgio Cortela | Fórum HSM Gestão e Liderança 1/2” retirado do site http://www.youtube.com/ dia 14/10/2010 às 20:35hs
   "Entrevista com Mário Sérgio Cortela | Fórum HSM Gestão e Liderança 2/2” retirado do site http://www.youtube.com/ dia 14/10/2010 às 20:40hs


Rodrigo Criscuolo Munhoz comenta...

          Liderança: É Um Dom ou Uma Virtude?

A liderança não é um dom, e sim uma virtude que em filosofia significa uma força intrínseca ou capacidade para realizar algo”. Segundo Cortella, “a liderança envolve técnicas, procedimentos, caminhos e pressupõe a noção de uma arte. E arte é antes de mais nada sensibilidade”.
Acrescentou que “quando pensamos em liderança não podemos imaginar uma pessoa sem equívocos ou erros. Vez ou outra se imagina líder alguém sem erro, absolutamente sem desvios e que faz tudo certo o tempo todo e do todos os modos. Este líder não existe porque não há um humano assim" .

Referências Bibliograficas:

           www.carlinhosalmeida.com.br  dia 28/10/10 ás 14h45

"Atributos imprescindíveis para o pleno exercício da liderança".

"Cinco competências essenciais na arte de liderar:
1) Abrir mente - Olíder deve ficar atento àquilo que muda e estar sempre disposto a aprender.  Mente humana é como para-quedas, funciona melhor aberta.

2) Elevar a equipe - O liderado percebe claramente quando você é capaz de, ao crescer, levá-lo junto. O líder que não eleva a equipe, que só pensa no próprio crescimento, não é um líder, é um chefe, no sentido hierárquico do termo. O líder é aquele que consegue elevar a equipe; quando cresce, a equipe cresce com ele. Aquele que é capaz de fazer isso sabe que a equipe vai respeitá-lo, inclusive, se precisar fazer sacrifício, se perceber que e le não se beneficia sozinho. Um poder que se serve, em vez de servir, não serve.

3) Recrear o espírito - As pessoas devem se sentir bem e ter alegria onde estão. Seriedade não é sinônimo de tristeza. Tristeza é sinônimo de problema. O líder é aquele que inspira, que anima as pessoas a se sentirem bem com o que fazem e a se sentirem integradas à obra.

4) Inovar a obra - Liderar pressupõe a capacidade de se reinventar, de buscar novos métodos e soluções. Busque satisfazer a obra, a equipe, mas não fique satisfeito. A satisfação paralisa, adormece, entorpece.

5) Empreender o futuro - Não nascemos prontos, também não somos inéditos, mas tampouco somos ilhas. " Homens são anjos com uma só asa. Para voar, precisa grudar no outro."
  Caroline Casimiro, Maria Rebeca e Rodrigo Criscuolo.
Fonte: Livro Qual é a tua Obra?  Autor: Mário Sérgio Cortella
Trecho editado em 18/11/2010 às 21:45hs.

Mario Sergio Cortella - Entrevista ao Fórum HSM Gestão e Liderança (1° Parte)


Mário Sérgio Cortela comentando sobre Gestão do Conhecimento, em entrevista para o Fórum HSM sobre Gestão e Liderança. (Primeira Parte) Obs: Este video não fala sobre gestão e liderança. Porém, achamos interessante colocar, por ser o inicio da entrevista.  Aproveitamos a oportunidade para compartilhar a definição de gestão e liderança por Cortella em seu livro: Qual é a tua Obra?.

Video retirado do site: http://www.youtube.com/ dia 14/10/2010 às 20:35hs.



É interessante a definição de lider no Livro qual a tua obra de Sérgio Mario Cortella: "O líder é aquele que tem uma força intrínseca e qualquer uma de nós pode sê-lo. Depende da circunstância e da disposição, aquilo que Maquiavel chamava de juntar a virtu com a fortuna, a capacidade com a ocasião, a virtude com a sorte. O líder é aquele ou aquela capaz, numa dada circunstância, de levar adiante pessoas, projetos, ideias, metas."

"Eu nasci não pronto e vim me fazendo"
De acordo com Cortella ninguém nesce lider. Mas qualquer um pode se tronar líder no processo da vida. A liderança é uma escolha, que exige estupenda capacidade de ser humilde. Saber que não se sabe tudo, saber que não se sabe todas as coisas e, especialmente, saber que não se é único a saber.
" Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é saber que não sabem"

O líder é humilde. Não precisa humilhar outro para ser superior. Ele é inteligente para aprender e crescer junto com as outras pessoas.
"Então, o que é líder? é instrutor e um parceiro de asas." 

 Quando fala de gestão em Qual é a tua obra?, Cortella meciona; certa vez, que foi questionado como trataria a educação corporativa se fosse líder de uma empresa; " A educação corporativa seria uma questão prioritária, mas não exclusiva. Afinal de contas, uma empresa precisa ter sustentabilidade de sua lucratividade, rentabilidade, produtividade e competitividade. A sustentabilidade nesses quatro tópicos advém de fatores: competência que ela desenvolve dentro do mercado, o tipo de produto com o qual ela lida, a capacidade de planejamento estratégico, mas depende também essencialmente do modo como ela maneja o estoque de conhecimento que dentro dela atua, que está exatamente nos colaboradores. Hoje, o trabalho das pessoas não pode mais ser entendido como commodity,  Por isso, eu, se presidente de empresa fosse, faria da formação continuada algo prioritário, porque é nisso que se dá hoje a diferenciação no que se refere ao conjunto das organizações.
 Essa educação continuada pressupõe a capacidade de dar vitalidade à ação, às competências, às habilidades, ao perfil das pessoas"
 Cortella menciona que como presidente de uma organização, facilitaria atividades que envolvam a sensibilidade estética no campo da música, da poesia, das artes plásticas, para que as pessoas tenham prazer pela estrutura de conhecimento em seus múltiplos níveis. "Aliás, as empresas que estão indo céleres em direção ao futuro são aquelas em que o presidente faz isso. Se a liderança não estiver voltada para dar uma prioridade a essa temática da formação contínua, o máximo que ela terá é sucesso extemporâneo."

" Se você não acredita que educação é um bom investimento, tente investir em ignorância"

Ditado chinês: " Quando dois homens vêm andando na estrada, cada um carregando um pão, e trocam os pães quando se encontram, cada um vai embora com um pão. Mas, quando dois homens vêm andando na estrada, cada um com uma ideia, e ao se cruzarem trocam as ideias, cada um vai embora com duas idéias".

" Essa é a finalidade de líderes bem preparados e liderados bem conduzidos: juntar-se digna e eticamente a fim de trocar ideias para todos terem pão."
Fonte: Livro Qual é a tua Obra?  Autor: Mário Sérgio Cortella
Trecho editado em 18/11/2010 às 13:15hs.


Caroline Casimiro

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Aprendizagem Organizacional e As 5 Diciplinas de Senge

Segundo Peter Senge, nas organizações que aprendem, as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar resultados que elas realmente desejam, onde maneiras novas e expansivas de pensar são encorajadas, onde a aspiração coletiva é livre, e onde as pessoas estão constantemente aprendendo a aprender coletivamente.
 Através destes conceitos, Peter Senge subdivide os métodos de aprendizagem:
 *Modelagem: Acontece quanto aprendemos habilidades pela observação, ou seja, através do conhecimento e práticas adquiridas por nossos colegas de trabalho ou pessoas que estão ao nosso redor.
 *Configuração: É quando aprendemos por reforço ou recompensas de pequenos passos acumulativos até o comportamento desejado.
 *Teoria da Aprendizagem Cognitiva: Enfatiza que a aprendizagem ocorre de forma complicada, envolvendo muitas habilidades e compreende que nem mesmos nossos aprendizes conseguem demonstrar suas idéias e percepções de forma clara.
 *Aprendizagem Informal: É quando o processo de aprendizagem acontece sem qualquer planejamento determinado pela organização. Neste caso, não existe uma estrutura, um plano ou simplesmente um instrutor ou orientador. Ela é subdividida em habilidades práticas, intrapessoais, interpessoais e conscientização Cultural.
 O estilo de aprendizagem é a maneira de uma pessoa aprender refletindo o fato de que as pessoas aprendem melhor de maneira diferentes. Ele ocorre pela experiência concreta que envolve as novas experiências, o observação refletiva, que é a observação das experiências através de diversas perspectivas, a conceitualização abstrata, que é a integração das observações em explicações e a experiência ativa, que envolve o uso das teorias de tomada de decisão e soluções de problemas.
 Para estimularmos o aprendizado, é importante criar um ambiente apropriado ao aprendizado, para planos de ação, cenários e estudo das necessidades dos clientes. assim, teremos a possibilidade de expandir nossos modelos mentais, através de reunião e aprendizagem em equipe, assim como, o planejamento de evento que demonstrem a importância da aprendizagem na vida de todos.

As 5 Disciplinas

 * Domínio Pessoal: significa aprender a expandir as capacidades pessoais para obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os participantes a alcançar as metas escolhidas.
 * Modelos Mentais: consiste em refletir, esclarecer continuamente e melhorar a imagem que cada um tem do mundo, a fim de verificar como moldar atos e decisões.
 * Visão Compartilhada: é estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elaborar os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado.
 * Aprendizado em Equipe: está em transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação, de maneira que grupos de pessoas possam desenvolver inteligência e capacidades maiores do que a soma dos talentos individuais. 
* Pensamento Sistêmico: é criar uma forma de analisar e uma linguagem para descrever e compreender as forças e inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas. É essa quinta disciplina que permite mudar os sistemas com maior eficácia e agir mais de acordo com os processos do mundo natural e econômico.

 
 Estas disciplinas permitem a compreensão de fatores atuantes nas tensões interpessoais, ativam o entendimento da importância dos modelos mentais nas decisões individuais, refletem a consciência da atitude ativa ou passiva num empreendimento e permitem a exposição das diferenças sem criar sentimentos de estranhamento. Cada uma das disciplinas influencia as outras, são todas dependentes entre si.

Bibliografia: